Rio - O festivo povo nordestino parece ter contagiado Reinaldo. Este ano ele duplicou o feito da Copa dos Campeões em relação ao ano passado, quando fez três gols nos três primeiros jogos - dois contra o Goiás e um contra o Palmeiras. Hoje, o atacante está com a média de dois por jogo, e aponta outra razão, além do carinho do povo local, para ter chegado à artilharia da competição: as mudanças táticas de Zagallo.
Segundo o atacante, ele voltou a jogar na posição em que atuava sob o comando de Carlinhos, alterada pelo atual treinador este ano. "Conversei com Zagallo sobre a minha posição em campo. No Estadual deste ano cheguei a jogar no meio, armando as jogadas. Nas finais fui instruído a marcar os laterais adversários. Entendi a posição dele na época, mas sei que rendo mais jogando mais perto do gol. Foi assim que estourei", disse.
Para Reinaldo, o novo esquema facilita não só sua tarefa como também a do parceiro de ataque. "Edílson sempre jogou mais solto, quase como um quarto homem de meio de campo. Agora ele está mais livre para fazer suas jogadas características, com dribles em velocidade. Eu, ele e Petkovic estamos nos entrosando cada vez mais".
Com a posição ideal encontrada, a luta de Reinaldo passa a ser para que, desta vez, o final da história seja feliz. Na primeira edição da Copa, o Flamengo foi eliminado justamente no único jogo em que ele não marcou - derrota de 1 a 0 para o Palmeiras. Naquela ocasião a ausência de gols não foi sua única falha. Ele desperdiçou a última cobrança do time na disputa por pênaltis. "Se não fosse aquele pênalti, sairia consagrado", lembra o atacante, sobre o erro que cometeu justamente em Maceió, local onde será realizado o jogo deste sábado, contra o Cruzeiro, pela semifinal. "Mas as pessoas daqui não estão comentando isso. Pelo contrário, estou tendo grande incentivo dos torcedores".
Se depender do atacante, a festa está garantida. "Prometo empenho. Sobrando uma, estou pronto para conferir".