Bogotá - O vice-presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF) e membro do comitê organizador da Copa América, Hernán Mejía Campuzano, seqüestrado na segunda-feira passada, declarou esta sexta-feira que o chefe da guerrilha das FARC, Manuel Marulanda ('Tirofijo'), provavelmente deu a ordem para que fosse devolvido à sua família.
"A ordem para minha libertação chegou de Caguán (a zona desmilitarizada de 42.000 km2 no Sul da Colômbia, onde se celebra o diálogo de paz entre o Governo e as FARC), e provavelmente foi emitida por Marulanda ou outro comandante", disse Mejía Campuzano aos jornalistas.
Mejía deu esta declaração antes de viajar para Buenos Aires, onde este sábado assistirá a um encontro em que a Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) tomará uma decisão definitiva sobre a sede da Copa América, que, em princípio, deveria ser organizada pela Colômbia.
Mejía Campuzano disse ainda que os homens armados que o capturaram em um falso bloqueio de estradas nas proximidades da cidade de Pereira (318 km a oeste de Bogotá) perguntaram a ele inicialmente por sua identidade.
Os captores revistaram seu veículos e acharam seus documentos. "Aqui temos um peso pesado do futebol, vamos levá-lo", teria dito o homem que aparentemente era o chefe do grupo.
O vice-presidente insistiu ter sido seqüestrado por engano e que, inicialmente, os rebeldes não tinham consciência de que era membro do comitê organizador da Copa América. "Graças ao futebol estou em liberdade: foi isso que os fez entender o erro de meu seqüestro", enfatizou Mejía Campuzano.