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Leão fala muito sobre quase nada
Quarta-feira, 04 Julho de 2001, 14h23

Por Vagner Magalhães

São Paulo – Para quem desembarcou no Brasil dizendo que sabia muito, a entrevista coletiva do técnico, a primeira após a sua demissão, foi uma decepção. Além de acrescentar pouca coisa ao que já era conhecido, ele evitou qualquer tipo de polêmica com a CBF e o seu presidente Ricardo Teixeira, com quem não conversou depois de sua saída. Veja algumas das frases que fizeram parte da “reveladora coletiva:

“No futebol nada é eterno.” Frase auto-explicativa.

“Fui fruto de uma cultura negativa.” Explicando que foi demitido pelos maus resultados, mesmo num torneio que pouco ou nada valia.

“Recebi uma herança difícil e o Felipe também.” Essa foi para dizer que pouco mudou na situação do time que recebeu de Luxemburgo e deixou a Scolari.

“Não torço contra. Principalmente os amigos.” Contando ter um “ótimo” relacionamento com Felipão.

“Não me lembro.” O ponto alto da entrevista, ao afirmar que não tinha certeza se o nome de Leomar, seu homem de confiança, estava na lista que foi obrigado a fazer para o jogo contra o Uruguai.

“O erro foi ir com essa promessa.” Admitindo ter sido iludido pela CBF de que a Copa das Confederações não valia nada. Custou a sua cabeça.

“Achava que poderia ter vencido.” Sobre a Copa das Confederações

“O Ricardo Teixeira é um homem muito ocupado.” Justificando a causa de não ter falado com o presidente da CBF até agora.

“Invejo o técnico da Inglaterra, que tem um contrato de cinco anos.” Sobre a instabilidade no cargo de técnico no Brasil.

“Não quero passar dos 60 anos como técnico.” Falando do futuro, em que pode trabalhar como empresário.

“O Luxemburgo foi massacrado. Em pouco tempo voltou ao Corinthians divinamente, maravilhosamente. Agora já estão dizendo que ele voltou ao inferno astral.” Ainda sobre o sobe e desce na vida de treinador.

“Tive um problema de calcanho.” Justificando ter usado um tênis que não pertencia à patrocinadora oficial da Seleção, segundo ele, desconfortável para a situação.

“O Antônio Lopes foi honestíssimo comigo.” Dizendo que o coordenador-técnico da Seleção não foi o responsável pela sua saída.

“O que não contribuir para melhorar o futebol, levo para o túmulo.” Enterrando a chance de dizer algo de impacto sobre sua passagem pela Seleção.

Redação Terra


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