Rio - Mais do que previsível, uma semifinal entre o americano Andre Agassi e o australiano Patrick Rafter chega a ser repetitiva: os dois tenistas vêm se enfrentando nessa fase de Wimbledon há dois anos (em 99, vitória de Agassi; em 2000, de Rafter). O que ninguém poderia imaginar é que do outro lado da chave na edição de 2001 estariam o croata Goran Ivanisevic e o britânico Tim Henman, dois tenistas que não vinham bem na atual temporada.
Esses tenistas vivem momentos bem distintos. Agassi e Rafter, que abrem a rodada desta sexta, às 9h (de Brasília), já venceram torneios de Grand Slam. Ivanisevic e Henman, que jogam em seguida, ainda lutam por um grande título, embora já tenham sentido de perto o gostinho da vitória: o croata foi três vezes finalista, em 1992, 94 e 98, e Henman chegou à semifinal em 1998 e 99.
Para Rafter, vencer em Wimbledon teria um significado especial: aos 28 anos, ele já deu sinais de que pretende deixar as quadras. Nada melhor do que o título para encerrar a carreira. Para Agassi, o troféu simbolizaria o reencontro com a vitória: ele iniciou a temporada a todo vapor vencendo o Aberto da Austrália e os Masters Series de Indian Wells e Miami, mas desde então vem falhando.
Os freqüentes encontros entre Agassi e Rafter na semifinal já viraram piada entre os próprios tenistas. “Acho que já está se tornando uma tradição aqui em Wimbledon”, brincou Rafter. “Não tem nada mais excitante do que jogar contra Agassi”.
Para Ivanisevic, que sofre há meses com uma lesão no ombro, ir à final seria a glória: ele seria o primeiro tenista convidado da organização a chegar à decisão. Seu rival, Henman, carrega a as esperanças do público local, que há 65 anos não vê um tenista inglês ser campeão do torneio.