Moscou - Um novo estudo revelou o que os organizadores das Olimpíadas consideraram uma quantidade ''surpreendente'' de remédios tomados por atletas nos Jogos do ano passado.
Alguns esportistas admitiram tomar uma média de até sete tipos diferentes de medicamentos.
As substâncias, entre as quais remédios contra asma, complexos vitamínicos e analgésicos não são proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) se o atleta estiver em tratamento médico. Mas o chefe do departamento médico do COI, Patrick Schamasch, disse na terça-feira que o alto número de medicamentos tomados surpreendeu as autoridades.
``A média foi de seis ou sete remédios por atleta. A mais alta ficou em 29 substâncias, tomadas por um competidor'', disse Schamasch. ``É surpreendente. É um número impressionante.''
O estudo, que deve ser publicado em agosto, analisou o número de remédios que os atletas declararam tomar. A declaração é feita antes da realização de exames antidoping. Os esportistas devem preencher um formulário em que informam a medicação que estão tomando.
Foi a primeira vez que um estudo desse tipo foi realizado nas Olimpíadas. Os organizadores dos Jogos geralmente realizam estudos sobre substâncias proibidas, como esteróides, estimulantes ou hormônios de crescimento.
``Alguns deram os nomes de quatro ou cinco substâncias'', disse Schamasch.
Os remédios contra asma, que podem conter produtos que melhoram a performance do atleta, são os mais preocupantes, segundo o médico. No começo deste ano, o COI afirmou ter ficado surpreso com o número anormalmente elevado de atletas que tomam remédios contra asma.