Rio - A política de futebol da diretoria do Internacional, encabeçada pelo presidente Fernando Miranda, foi cobrada na segunda em reunião do Conselho Deliberativo do clube, sobretudo por membros da oposição.
Enquanto Miranda insistia na prioridade do saneamento financeiro, conselheiros, como o ex-presidente Paulo Rogério Amoretty, martelavam pesado na tecla: é melhor ter um time competitivo e erguer troféus do que não ter dívidas a pagar.
“Os colorados vão mandar longe essa diretoria - disparou Amoretty, prevendo que nas eleições do final deste ano o grupo de Miranda será derrotado por algum candidato oposicionista.
Mas há poucas possibilidades de que a política de Miranda seja modificada a curto prazo, apesar do acúmulo de fracassos em campo ( a atual gestão, há cerca de um ano e meio no comando do clube, não conduziu a equipe colorada a nenhuma decisão de competição oficial). Provavelmente, os dirigentes do Inter continuarão sua conduta, marcada pela austeridade nos gastos do futebol, o que reflete na busca de jogadores do mercado periférico.
Exemplo dos módicos investimentos são os três únicos reforços até agora contratados para o Campeonato Brasileiro de 2001, todos desconhecidos do torcedor colorado: o zagueiro Gilmar Lima, ex-Rio Branco-SP, de Americana, o
meia Silvinho, ex-Matonense-SP, e o atacante Paulo César, ex-Villa Nova-MG.