Belo Horizonte - Um empate garante o Minas/Pax na fase final do Campeonato Metropolitano. Apesar da vantagem, conquistada no jogo anterior, quando o clube bateu o Atlético, atual campeão, por 7 a 2, os atletas não querem comemorar a classificação antes da hora. O principal temor vem das arquibancadas: “A torcida comparece e incentiva os jogadores, que correm bastante, tornando o jogo muito difícil", analisa o goleiro Cidão.
Se o Minas perder, haverá uma terceira partida, na quinta-feira, novamente no Magnum, para decidir quem fará a final contra o Nova Serrana. Para vários jogadores do Minas que vestiram a camisa alvinegra até o ano passado, a eliminação do Atlético tem um gosto de desforra. “O Atlético continua nos devendo cinco meses de salários e estamos esperando mais um pouco para entrar na Justiça", observa o goleiro.
Justamente por causa do débito do Atlético com os jogadores, os dirigentes do Minas resolveram não cobrar ingresso para a partida. A idéia era cobrar um preço mais alto para inibir a entrada de torcedores atleticanos, que, injustamente, chamam os ex-jogadores do clube de mercenários. “Eles xingam o tempo todo", afirma Cidão, que deverá se apresentar ao seu novo time no próximo dia 8, na cidade de Cegóvia.
Cidão ficou três anos em Belo Horizonte, jogando primeiramente no Atlético e depois no Minas. O jogador lembra que o grupo ficou abalado após a desclassificação para a semifinal da Liga Futsal. “Ficamos desgastados e o momento é oportuno para mudar de equipe e dar uma arejada", comenta.