São Paulo - Formado na maioria por atletas com média de idade de 23 anos, o grupo de 19 jogadores do Corinthians, que encerra neste sábado a intertemporada em Extrema-MG, passa por uma crise de identidade com os principais líderes em choque.
Na manhã de sexta, o elenco se reuniu para tentar reencontrar o rumo após Ricardinho e Marcelinho, principais líderes do time, defenderem posições contrárias em relação ao atual ambiente de indefinição do grupo, que treina sob uma ansiosa espera por reforços.
Marcelinho exige contratações de peso para dividir a responsabilidade, inclusive com cobranças públicas aos dirigentes. Ricardinho assume uma postura mais conformista, dando força aos mais jovens.
Para evitar um racha maior a uma semana da estréia na Copa Mercosul, marcada para a próxima quinta-feira, os zagueiros Scheidt e Batata, os volantes Otacílio e Rogério e o atacante Paulo Nunes, outros atletas experientes do elenco, se viram obrigados a intervir. “O Marcelinho falava uma coisa, o Ricardinho falava outra. Eu e o Otacílio ficávamos no meio do caminho. O Rogério também... Por isso que a gente teve essa reunião”, explica Scheidt, um dos principais interlocutores da conversa.
“Existem quatro, cinco jogadores em que o pessoal mais jovem confia. Cada um tem a sua maneira de pensar, mas todos têm de pensar no mesmo sentido”, diz o zagueiro.
A reunião transcorreu em um tom nada amistoso, com ásperas discussões entre os jogadores. Uma suposta briga durante o encontro entre Ricardinho e Marcelinho, que deixou o local da conversa às pressas e antes de todos, foi desmentida por ambos.
“Teve discussão que sempre tem nessas situações”, desconversa o zagueiro Scheidt, que decretou o fim da lavagem de roupa suja.