São Paulo - Marcelinho se reintegrou à delegação do Corinthians em Extrema-MG e negou que a sua viagem a São Paulo, quarta-feira, tenha sido motivada por uma "convocação" dos dirigentes do Timão. Ele desmentiu a versão oficial do clube para a sua saída da concentração.
“Eu fui convocado? Quem convoca é o Felipão”, ironizou.
Segundo a comissão técnica e a assessoria de imprensa do clube, Marcelinho teria ido à capital paulista para dar explicações sobre as críticas aos dirigentes, cobrando reforços de peso e rapidez nas contratações.
“Não fui chamado para isso. Fui a São Paulo para resolver um assunto particular. Os meus problemas foram resolvidos lá”, afirmou o meio-campista, sem entrar nos detalhes da conversa com os dirigentes.
Mesmo sendo repreendido publicamente pelo vice-presidente de futebol do Timão, Antonio Roque Citadini, com quem esteve reunido anteontem, Marcelinho não alterou nem sequer um acento de seu discurso na volta a Extrema. O dirigente rebateu as cobranças do jogador afirmando que o meio-campista não é comentarista e que o clube dispensa tais colocações. “Minha palavra é uma só”, disse Marcelinho.
Com mais três anos de contrato com o Corinthians, Marcelinho garante que a viagem não foi motivada por questões financeiras.
No meio do tiroteio e defendendo a versão dos dirigentes, Vanderlei Luxemburgo comentou o choque entre Marcelinho e Citadini com uma pensata. “Todo atleta tem a liberdade de fazer e falar o que quiser. É um direito. Mas tem que assumir a responsabilidade pelos seus atos”, acredita o treinador, negando que outros jogadores do Timão também tenham cobrado contratações dos dirigentes.
“Estou acompanhando tudo que sai na imprensa. Cada declaração é uma declaração”, filosofa Luxemburgo.