Por Sérgio Roxo
São Paulo - A cirurgia de reconstituição do tendão patelar que o atacante Ronaldo teve que se submeter é rara no esporte. O médico Antonio Masseo disse que em mais de 15 anos como especialista de cirurgia no joelho nunca soube de nenhum atleta com o problema.
“Teve agora o caso do Marcelo Negrão, mas ele ainda está em recuperação. Em pessoas comuns, fiz apenas três cirurgias desse tipo”, afirmou o médico, que já trabalhou no São Paulo.
Marco Amatuzzi afirma que o problema é raro, mas diz já ter feitos mais cirurgias de tendão patelar. “Entre atletas eu sei de casos, mas não posso revelar porque fere a ética. O passe desses atletas com certeza seria desvalorizado.”
Ronaldo passou por duas cirurgias no local, uma em 99, quando houve um rompimento parcial do tendão e outra em 2000. O tendão patelar é responsável por boa parte dos movimentos da perna. A cirurgia é bem diferente da de ligamento cruzado, pela qual passou, por exemplo, o ex-meia são-paulino Raí.
“Se uma pessoa comum (não atleta) rompe o cruzado não precisa operar, pode continuar tendo uma vida normal. Já tendão patelar é obrigado a operar, senão não mexe a perna”, disse Masseo. Para reconstituir o ligamento, os médicos tiram uma parte de um outro tendão do atleta e recosturam o local danificado por meio de um enxerto.
Os especialistas apontam a tendinite que o jogador sofria desde a Copa de 98 como principal responsável pelo rompimento do tendão patelar (ex-tendão rotular). “A tendinite provoca micro lesões no tendão, que com o tempo vão se agravando,” disse Masseo. Ronaldo já havia operado o joelho direito em 96, quando defendia o PSV, da Holanda.
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