São Paulo - Edmílson fez seu primeiro treino no Palmeiras na segunda-feira de manhã. O recém-chegado atacante desembarcou quieto e, após realizar uma bateria de exames, deu algumas voltas ao redor do campo.
O jeito calado, de quem acaba de conhecer os companheiros, contrasta com a fama que o jogador tem em Colatina, onde começou sua carreira. Na cidade do interior do Espírito Santo, o atacante tem até um clube de futebol com seu nome. “É um sonho antigo. Muitos garotos carentes estão tendo uma oportunidade lá. Espero que isso ajude a cidade”, explica Edmílson, sem querer falar muito.
Foi no ECT que o jogador ficou treinando até acertar sua transferência para o Palmeiras, onde ficará por um ano a partir de agora.
A contratação do jogador não foi uma indicação do técnico Celso Roth. Ele não estava na lista de reforços que o treinador entregou aos diretores de futebol Sebastião Lapola e Américo Faria. “Foi uma referência do Lapola, eu nem conhecia o jogador. Antes de contratá-lo, examinei uma fitas com imagens de seu futebol e gostei. Mas essa é uma situação fora da normalidade”, disse Celso Roth.
Edmílson chega sem conhecer muito bem os novos companheiros e sem ser reconhecido por eles. Lopes, por exemplo, não conseguia lembrar do nome do novo companheiro ao listar os reforços do Verdão.
Adélson Duarte, procurador do jogador, garante que em pouco tempo isso vai mudar. “Na apresentação dele, ninguém deu muita atenção. Isso é porque ele não é conhecido aqui no Brasil. Mas, com o futebol que ele tem, merece muito destaque”, garante o empresário do jogador.
Edmílson sabe que não será fácil conquistar uma vaga em um time que já tem cinco atacantes. “Vou fazer meu trabalho e lutar pela vaga. Primeiro, tenho que recuperar a forma. Isso vai demorar umas duas semanas”, diz o jogador, que já passou pelo Porto (Portugal) e Paris St-Germain (França), e que estava no Sporting (Portugal).