Londres - Geoffrey Hurst admite pela primeira vez, em autobiografia a ser lançada na Inglaterra, que um dos gols que marcou na final da Copa do Mundo de 1966, contra a Alemanha, não deveria ter sido validado. "Depois de ver o lance pela TV, em centenas de ocasiões diferentes, ao longo de todos esses anos, cheguei à conclusão de que a bola não entrou", narra o ex-atacante, de 59 anos de idade, único jogador a marcar três vezes na história das decisões de mundiais.
A partida foi no Estádio de Wembley, em 30 de julho de 1966. Eram 11 minutos da prorrogação e o placar registrava o empate de 2 a 2, quando Hurst chutou a bola que superou o goleiro Hans Tillkowski, e que chocou-se com a parte interna do travessão, voltando à grande área. O bandeirinha soviético Tofik Bakhramov correu em direção ao meio-campo e o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol.
Hurst marcou de novo no fim do jogo, a Inglaterra ganhou o título mundial, e o ex-craque tenta agora, 35 anos depois, pôr fim à discussão.