Rio - É cada vez mais difícil, nos dias de hoje, um jogador permanecer por tanto tempo num mesmo clube e conseguir atingir a expressiva marca de 100 jogos. Na partida contra o Goiás, às 20h30, no Maracanã, o zagueiro Sandro terá esse privilégio com a camisa do Botafogo.
“Nem sabia disso, não tinha esses números. Mas esse jogo já passou a ser especial para mim. Nem todo mundo consegue alcançar uma marca como essa”, declarou Sandro, que chegou ao Botafogo no início de 99 e marcou 14 gols, sendo quatro em cobrança de falta.
O zagueiro lembra que esses números poderiam ser ainda mais expressivos se uma grave lesão em seu joelho direito não o tivesse afastado durante oito meses este ano. No entanto, pior do que ter ficado parado por tanto tempo foi o que o jogador sentiu na pele em 99. “Gostaria de apagar da minha memória aquele pesadelo, quando estivemos próximos do rebaixamento para a Segunda Divisão”, confidenciou o zagueiro.
Mas foi justamente das dificuldades que Sandro tirou forças para ajudar o Botafogo a se reerguer. “Lembro o jogo contra o Flamengo. Estávamos vivendo aquele cai não cai. Perdíamos por 1 a 0, fiz o gol de empate e disse para a equipe que a gente não iria cair. Viramos o jogo e aquilo nos motivou.”
Por essas e outras, Sandro aprendeu a gostar do Botafogo. E ressalta que a torcida sempre reconheceu isso. E foi por esse apoio que ele resolveu permanecer no clube. “Ao fim do empréstimo, em 99, voltei para o Santos, que contava comigo. Na época, o Vasco me queria para a disputa do Mundial, o Rayo Vallecano me queria por empréstimo e o Olympiakos queria me comprar. Mas fiz de tudo para ficar no Botafogo porque a torcida me conquistou”, desabafou Sandro, afirmando que jamais havia falado sobre isso.