Rio - Ex-técnico da Seleção masculina de vôlei, Radamés Lattari, assume nesta segunda-feira o cargo de coordenador de vôlei de quadra da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Em entrevista nesta quinta-feira, na sede da entidade, ele afirmou que pretende criar uma segunda divisão regionalizada para a Superliga, com a participação de cerca de 60 equipes. O novo dirigente explicou também que quer promover algumas mudanças nas próximas edições da competição.
“A forma de disputa precisa ser mais dinâmica, é preciso valorizar mais as fases decisivas. Hoje, ficamos muito tempo numa fase que vale pouco (turno e returno)”, afirmou Radamés, que para implantar as modificações precisará convencer clubes e patrocinadores.
Ele prometeu também rever os horários dos jogos, para facilitar a divulgação de resultados. Segundo o ex-treinador, está quase certo que pelo menos uma emissora de TV aberta irá transmitir as partidas da próxima Superliga, cujo início está programado para dezembro deste ano - o torneio deve terminar em abril do ano que vem. Para o dirigente, o ideal é que o campeonato seja disputado por 12 clubes no masculino e 10 no feminino. “ Acho que se aumentarmos muito o número de participantes, corremos o risco de trazer prejuízo técnico à competição”, explica.
Outra meta de Radamés é incrementar a parte de eventos com a Seleção Brasileira. “Já temos acertada uma série de amistosos contra Cuba, tanto para o feminino (de 4 a 8 de outubro, em Cuba, e de 10 a 14, no Brasil), quanto para o masculino (de 20 a 25 de outubro, no Brasil). Já acertamos também com patrocinadores e com a televisão para trazermos as finais da Liga Mundial do ano que vem para cá.”
Radamés deixou o comando da Seleção Brasileira após as Olimpíadas de Sydney, em outubro do ano passado. Enquanto esteve afastado do vôlei, abriu uma empresa de projetos esportivos. Apesar de ter recebido convites para treinar várias equipes, inclusive as seleções da Espanha e de Portugal, ele acha que encerrou seu ciclo como técnico. “Atingi meu ápice ao treinar a seleção de meu país. Depois de Sydney, decidi seguir minha carreira pelo lado administrativo.”