São Paulo – O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, divulgou um comunicado nesta sexta-feira por meio da assessoria de imprensa da entidade para se defender da divulgação de um fitaa clandestina mostrada pela rádio Gaúcha, de Porto Alegre, em que chama o relator da CPI do Futebol no Senado, Geraldo Althof (PFL-SC), de "cara-de-pau".
O cartola pediu desculpas ao senador. Confira a nota divulgada:
Com relação à gravação veiculada pela rádio Gaúcha, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, tem as seguintes considerações a fazer:
1) Repilo veementemente a ação criminosa que originou a gravação, por representar uma prática clandestina, em flagrante desacordo com o Estado de Direito e a Constituição brasileira;
2) Informo que já solicitei à referida rádio cópia da gravação clandestina, para atestar se houve ou não montagem de alguma espécie e aferir sua efetiva veracidade;
3) Pelas informações que chegaram ao meu conhecimento, haveria em um trecho a menção de minha parte a um Senador da República. Com relação a esse aspecto específico, peço publicamente desculpas se de alguma forma utilizei expressão imprópria, mesmo que originalmente enunciada em ambiente reservado. É um erro que não teve a intenção de ofender, mas pelo qual me penitencio;
4) Reitero que inúmeras vezes ao longo dos últimos doze meses tenho demonstrado na prática, com atos e fatos, uma atitude de colaboração com as CPIs que investigam o futebol, não tendo havido de minha parte qualquer tipo de ofensa ou agressão a pessoas ou instituições;
5) Por fim, cabe destacar que é absolutamente legítima no contexto democrático a livre manifestação de idéias, pensamentos, opiniões e visões, assim como é também legítima e legal a mobilização de forças políticas e sociais com vistas à defesa dos interesses do futebol brasileiro, desde que de forma ética e institucional, como ficou patente até mesmo na referida gravação;
6) As afirmações atribuídas à minha pessoa, pela abjeta gravação clandestina, ocorreram após alguns dias em que sofri ataques torpes, distorcidos e mentirosos, contexto emocional que foi agravado pelo fato de estar sofrendo problemas em meu estado de saúde. Tenho a consciência tranqüila de que é dever das lideranças que dirigem o futebol brasileiro, assim como de qualquer outro segmento social, buscar influenciar dentro dos estritos limites do campo democrático, para que processos políticos, como o ora em curso, sejam conduzidos de forma serena, equilibrada e acima de tudo justa e objetiva. Qualquer ação nesse sentido é, assim, antes de tudo, democrática.