Nova York - Ele nunca passou das quartas-de-final do torneio, mas desta vez o brasileiro Gustavo Kuerten está descansado, confiante e certo de que 2001 será seu ano no US Open.
"Estou sempre adiando para o próximo ano, o próximo ano. Talvez este seja o ano", disse Guga. "É um desafio para mim. Sei que estou jogando bem o suficiente para ganhar este ano. Mas ainda estou em dúvida, porque nunca consegui vencer aqui. Acho que até chegar às semifinais ou à final, vai ser assim. Vou lutar o máximo possível e me vejo com boas chances de ganhar todas as partidas que disputar."
Guga venceu seu terceiro torneio de Wimbledon em junho. Em sua primeira partida do US Open, o brasileiro venceu o tcheco Daniel Vacek por 6-4, 6-4, 3-6, 7-5. O jogo foi disputado na quarta-feira. Ele volta à quadra na sexta-feira, em horário a ser definido, para pegar o dinamarquês Kristian Pless.
"Com certeza, ser o número 1 é muito diferente de jogar como se eu fosse outro tenista qualquer que não tem nada a perder", disse o brasileiro. "Nesses últimos torneios, nesses últimos anos, eu aprendi muito. A forma como estou jogando aqui, mantendo minha posição, já é suficiente para jogar bem e vencer a pressão".
"Neste momento, estou acreditando bastante no meu potencial. Estou jogando melhor do que no ano passado. A cada ano eu chego mais perto, vencendo mais partidas. E, quando tem um torneio de Grand Slam que você não vence, isso passa a ser um desafio. E o meu desafio é ganhar outro torneio do Grand Slam este ano, em outro tipo de quadra."
"Ninguém quer sair mal de um torneio de Grand Slam. E aqui é um desafio porque nunca passei das quartas-de-final. Agora, eu sei que estou jogando bem para tentar a vitória aqui nos Estados Unidos".
O programa do US Open não ajudou muito. Guga estreou tarde no torneio de 15,7 milhões de dólares.
"Você quer jogar e a sua adrenalina está fervendo, mas você tem que ter paciência", disse Guga.
Parte da confiança de Guga reside no fato do brasileiro ter optado por não disputar Wimbledon e descansar por seis semanas.
"Se não desse essa parada, seria muito difícil para mim. Decidi não jogar em Wimbledon este ano e ainda acho que tomei a decisão certa."