São Paulo - O ex-chefe de segurança do Corinthians, Francisco Marcelino, o Chicão, negou nesta terça-feira, em entrevista à rádio Jovem Pan, a agressão de Marcelinho a ele e ao técnico Wanderley Luxemburgo num hotel de Salvador, em 98, durante a disputa do Torneio Maria Quitéria.
“Isso nunca aconteceu”, afirmou Chicão, que trabalhou com o treinador no Corinthians e na Seleção Brasileira. A história veio a tona com uma entrevista dada pelo jogador à revista IstoÉ no último final de semana (confira e ouça a entrevista). O segurança ainda acusou o meia de ter tentado armar um complô para derrubar Luxemburgo do Corinthians.
Segundo o ex-funcionário do Corinthians, Marcelinho desrespeitou uma das normas do clube no episódio de Salvador: permanecer no quarto após as 23h. “O Marcelinho só apareceu por volta de 0h10. Perguntamos onde ele estava e ele veio dizer que tinha ido ao quarto do apresentador Luciano Huck. Checamos e vimos que o Huck ainda não havia chegado ao hotel.”
Após o episódio, Marcelinho teria discutido com Luxemburgo e, em seguida, afastado do grupo. Antes de voltar para São Paulo, Marcelinho ainda armaria entre os demais jogadores um complô para derrubar Luxemburgo. Chicão garante que não houve agressão nessa ocasião, como diz o meia na entrevista à IstoÉ. “Liguei para o Marcelinho depois de ler a revista para tomar satisfação sobre ele ter dito que tinha me agredido. O Marcelinho me falou que não tinha falado nada daquilo e que o repórter da revista havia confundido atrito com agressão.”
Em outro incidente, ainda nas palavras de Chicão, Marcelinho teria menosprezado os funcionários da segurança do clube. “Nós tínhamos um esquema para controlar os demais hóspedes do hotel. Sempre há as chamadas márias-chuteiras e éramos orientados para evitar qualquer contato entre os jogadores e elas. Na véspera de uma partida contra o São Paulo (pelo Brasileirão-98), havia uma moça no hotel que já estava hospedada lá em outras vezes. Em certo momento, o Marcelinho sumiu. Encontramos ele andando pelo hotel. Ele desrespeitou o nosso segurança ao ser repreendido. Achei até meio estranho para uma pessoa que se diz evangélica, mas o Marcelinho afirmou que não aceitava aquilo e que jamais seguiria ordens de um cara que ganha R$ 800,00.”