Buenos Aires - Após o treino de reconhecimento do Monumental de Nunes, o técnico Luiz Felipe Scolari chegou a brincar dizendo que aceitaria um acordo com Marcelo Bielsa para que a partida desta noite terminasse empatada. “Se pudesse acertar um empate pelo telefone nem viria para a Argentina”, afirmou o treinador brasileiro.

Apesar de aceitar o empate como um bom resultado, o treinador disse que a Seleção não jogará necessariamente na retranca. A imprensa argentina explorou bastante o esquema tático usado por Felipão nos treinamentos e chegou a publicar que o treinador está com medo de enfrentar a seleção de Bielsa.

“Nós respeitamos, mas não tememos a Argentina. Ninguém sabe como vou colocar a equipe em campo. Cada um coloca um rabisco no papel da forma que acha melhor, mas o time sou eu quem define”, disparou.

Nem mesmo a pressão que os torcedores argentinos devem fazer na partida incomoda Felipão. Pelo contrário, o treinador acredita que a gritaria dos adversários será um combustível a mais para a equipe. “Gosto de jogar com estádio cheio contra. Qualquer jogada bonita que você faça, os torcedores se voltam contra o time da casa”, afirmou.

Para ele, os jogadores brasileiros têm que saber lidar com essa pressão dos argentinos. “Temos que ter personalidade. Quem souber enfrentar essa situação e administrar a pressão será um vencedor”, analisou.

Luiz Felipe também falou sobre a declaração do atacante Crespo. O argentino disse que vencer o Brasil será a cereja da sobremesa argentina nas Eliminatórias. “Ele está certo. A Argentina já tomou café, já almoçou e agora quer comer a cereja. O Brasil ainda nem almoçou e temos que encher a barriga”, disse o técnico.

Mauro Silva deve ser o capitão brasileiro. Placente será o substituto do lateral-esquerdo Sorín na equipe argentina.