Rio - A proximidade do decreto que vai oficializar a criação de ligas está mexendo com os brios do presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eduardo Viana. Logo após o anúncio feito pelo ministro dos Esportes, Carlos Melles, o dirigente carioca já mostrou a sua antipatia pelo projeto, que prevê a introdução de uma Liga Nacional, e aproveitou para alfinetar o político.
“O ministro (Carlos Melles) não conhece nada de esporte. Se fosse venda de café, ele saberia. Oposição há, pois presido uma das maiores federações do Brasil e, portanto, sou livre para me posicionar da maneira que achar melhor”, afirmou Viana, em resposta ao ministro, que garantira não haver oposição ao decreto.
Uma das argumentações de Eduardo Viana para se manifestar contrário à criação da Liga, é o fato de, segundo ele, ter sido uma iniciativa do Governo Federal, por intermédio do seu ministério.
“Apóio a CBF em tudo. Só não apóio o intervencionismo federal no esporte. O papel da CBF sempre foi o de se criar uma liga, tanto que deixou erroneamente o campeonato do ano passado nas mãos do Clube dos Treze. Portanto, este assunto tem que partir da entidade que cuida dos interesses do futebol”, disse Viana.
O dirigente alerta para o caso de a CBF não avalizar a criação de uma liga nacional. De acordo com Eduardo Viana, a Fifa pode desconhecer tudo o que ela venha a promover, caso a CBF não aprove o seu surgimento.