Rio - Não é ameno o clima no Boca Juniors, adversário do Vasco na partida desta terça-feira, pela Copa Mercosul. No domingo, logo após a goleada do time sobre o Lanús, por 6 a 1, em jogo válido pelo Campeonato Argentino, o técnico Carlos Bianchi dava uma entrevista coletiva para falar do jogo, pois se recusara a responder perguntas sobre a sua decisão de não renovar o seu contrato com o clube no fim do ano, quando foi surpreendido pela entrada abrupta do presidente do Boca, Mauricio Macri, na sala de imprensa.
De acordo com o jornal "Clarín", depois de um frio cumprimento, Macri começou a cobrar de Bianchi os motivos de sua decisão. “Se Carlos quer jogar a toalha e pensa que não vale a pena seguir remando, está bem. Mas tem de nos dar uma resposta, porque os torcedores do Boca merecem saber os motivos e não passar por uma situação tão penosa como a que vivemos hoje. Explica-nos por que o projeto não seguirá e entenderei as razões. É preciso esclarecer as coisas”.
Bianchi respondeu que não falaria de seu contrato, confirmou a sua decisão de não renovar seu contrato, que termina em 31 de dezembro e disse que ainda não largou o cargo.
Macri continuou cobrando do técnico uma explicação, eximindo de responsabilidade a diretoria do clube. Bianchi se recusou mais uma vez a falar sobre o assunto, levantou-se, cumprimentou os jornalistas e foi-se embora. Macri se reuniu na sala da presidência com outros diretores e, embora tenha dito que pretende continuar com o técnico no comando da equipe, já não demonstrava mais tanta certeza quando deixava La Bombonera:
“O problema é como seguir com um trabalho harmonioso. Há coisas importantes em jogo. E neste clima não se pode trabalhar”.