Havana - O militante islâmico de origem saudita Osama bin Laden, principal suspeito de organizar os ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos, é um ``Frankenstein'' criado pela política de Washington, disse na terça-feira o ex-jogador argentino Diego Maradona.
Falando em Havana, onde está há 21 meses realizando tratamento médico, Maradona criticou fortemente a política norte-americana em entrevista e ao jornal estatal de Cuba, o Granma. O atleta aproveitou para convidar o presidente cubano, Fidel Castro, a participar de jogo em homenagem a ele.
``Aquele que cria um Frankenstein não pode reclamar'', disse ao se referir a Bin Laden, que recebeu apoio da agência de inteligência norte-americana CIA em sua luta contra a ocupação soviética do Afeganistão.
``É preciso ser muito cego para não ver a arrogância dos EUA (...). Eles estão sedentos para matar'', disse Maradona sobre as anunciadas represálias militares dos EUA contra Bin Laden e os seguidores do Taliban que o protegem no Afeganistão.
Maradona também guardou duas palavras para o presidente norte-americano George W. Bush. ``Me dá nojo ver o Bush falar'', disse o ex-jogador, que é proibido de entrar nos EUA por causa de seus problemas com as drogas.