Havana - O ex-jogador argentino Diego Maradona, que está em Havana desde o início de 2000 fazendo um tratamento para drogas, colocou o presidente cubano Fidel Castro no topo da lista de convidados para uma partida em sua homenagem em Buenos Aires, no dia 10 de novembro.
``Eu sei que ele tem coisas muito mais importantes para fazer do que ir a uma partida de futebol, mas eu o convido de coração. Ele é o primeiro na lista de convidados'', disse Maradona.
Maradona, de 40 anos, está com uma nova tatuagem na canela esquerda. Ele desenhou a imagem de Castro, para combinar com a do guerrilheiro Ernesto ``Che'' Guevara que tem no braço. Ele disse que até vai arranjar um avião para transportar o ``Líder Máximo'' de Cuba para o jogo.
``Para a lenda viva, qualquer coisa...Quero que ele saiba que eu preciso dele'', disse Maradona no spa La Pradera, nas cercanias de Havana, onde está vivendo há 21 meses.
No que Maradona tem chamado de uma das maiores honras de sua vida, o ex-capitão argentino vai liderar uma equipe de astros em Buenos Aires contra a seleção nacional.
A convite de Fidel Castro, Maradona foi para Cuba em janeiro de 2000 depois de quase morrer por problemas do coração atribuídos ao uso de drogas e excesso de peso.
Um médico colombiano que o atendeu nesta semana, Edward Gonzalez Saavedra, disse que Maradona está fazendo um ''excelente progresso'' para a partida. ``Achamos que para o jogo ele estará em boa forma'', disse.
Maradona disse que espera atrair vários jogadores famosos, incluindo o francês Michel Platini, o brasileiro Romário, o holandês Marco van Basten, o argentino Gabriel Batistuta e o alemão Lothar Matthaeus.
O jogador liderou a Argentina na conquista da Copa do Mundo de 1986, no México, mas seu legado foi bastante ofuscado por escândalos de uso de drogas no final da década de 90.