Rio - O local traz boas recordações. Foi na Sociedade Hípica Brasileira que Luiz Felipe Azevedo foi apresentado à égua Amoranda, aos 10 anos, pontapé inicial de uma carreira que já rendeu a medalha de bronze por equipes nas Olimpíadas de Atlanta (96) e Sydney (2000). Desde 1997, o cavaleiro não compete na cidade. Ao lado do filho, Felipinho, ele disputa, a partir desta quarta-feira, o Grande Prêmio Internacional Cidade do Rio de Janeiro, a prova mais importante da América do Sul e que vale como seletiva para a final da Copa do Mundo de 2002, de 1º a 5 de maio, em Leipzig, na Alemanha. Luiz Felipe já possui um título do concurso em seu currículo, conquistado em 1979.
“É sempre um prazer especial montar na Hípica. Considero o clube como a minha segunda casa. Acho que o pessoal de lá também me considera como um filho. Foi lá, inclusive, que conquistei o meu primeiro título, o do Campeonato Carioca Júnior. Será muito bom este reencontro”, disse o cavaleiro.
Para o GP do Rio, Luiz Felipe terá uma novidade. Há três meses, ele compete com o cavalo Sat Salamandra Chapman Rouge, que saltará pela primeira vez no Rio. Ralph, que participou dos Jogos Olímpicos no ano passado, foi vendido por seu proprietário.
“Estou com ele há pouco tempo, estamos nos conhecendo. Já deu para sentir que ele é bom, mas falta entrosamento. Usarei a experiência para compensar isso. O que me ajuda é que eu conheço bem a pista da Hípica.”
Morando com a família na Bélgica, Luiz Felipe chegou a ficar dois meses sem competir, por conta de um acidente doméstico. “O motor do carro explodiu bem em cima do meu braço direito, mas isso já foi superado. Vou entrar para vencer, como sempre faço. Sei que o nível do GP será elevado, com a presença do Albert Voorn (medalha de prata na prova individual em Sydney) e de grandes cavaleiros do Brasil. Mas se conseguir fazer o meu melhor, eu levo”, afirma, confiante.