Curitiba - Como nos dias anteriores, a seleção brasileira de futebol foi vaiada nesta sexta-feira pelos torcedores que acompanharam os treinos da equipe para a partida deste domingo contra o Chile, em Curitiba, pelas eliminatórias sul-americanas para o Mundial-2002.
"É uma situação que não nos preocupa. Os torcedores brasileiros são exigentes e querem ver sempre o melhor futebol. Por isso vaia, mas no domingo, contra os chilenos, irão cantar de alegria", disse, aparentemente despreocupado, o lateral Roberto Carlos.
Em seu primeiro treino no estádio onde será disputado o jogo, a equipe brasileira voltou a mostrar os crônicos problemas na troca de passes no meio-campo, tornando virtualmente nulos os homens de ataque.
Tentando modificar esta situação, o técnico Luis Felipe Scolari utilizou todos os seus atacantes, Élber, Edílson, França, Denílson e Ronaldinho Gaúcho, mas nada funcionou.
Para dificultar ainda mais a criação de um esquema tático eficiente, Scolari não contou com Rivaldo e Cafu no segundo tempo do coletivo. Os dois jogadores se limitaram a correr em torno do campo para melhorar a forma física para a partida de domingo.
Diante de cada erro na troca de passes, os torcedores que foram ao estádio Couto Pereira vaiavam a equipe. Após cada gol perdido, mais manifestações de insatisfação. Ao fim, cansados diante da avalanche de erros da seleção, os torcedores passaram a mostrar desinteresse pelo coletivo.
Alheio ao que ocorria nas arquibancadas, Scolari voltou a usar um esquema com três cabeças-de-área: Dida - Lúcio, Juan e Edmílson - Cafú, Émerson, Vampeta, Rivaldo e Roberto Carlos - Edílson e Marcelinho Paraíba.
Na segunda parte do treino, o técnico substituiu Cafu por Belleti, colocou França no lugar de Marcelinho e Denílson na vaga de Rivaldo, mas ainda assim não houve mudanças substanciais na mecânica da equipe.