Curitiba - Enquanto a Seleção almoçava no refeitório do CT do Atlético-PR, por volta do meio-dia, a torcida curitibana já começava a lotar o estádio Couto Pereira para a partida contra o Chile, às 16h, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo.
Nas filas ao redor do estádio, as camisas amarelas e o hino brasileiro pipocavam em todos os lados, e por volta das 13h30 as arquibancadas já começavam a encher.
Sem parar de gritar, os torcedores já demonstram a mais de duas horas do início do jogo que a festa em Curitiba terá muita ola e gritos, basta saber se de incentivo ou vaias.
Teve gente vindo de longe, como a torcida organizada da cidade de Francisco Beltrão, a oeste do Paraná. Vinte e cinco pessoas viajaram oito horas e meia para torcer pela seleção.
``Vale a pena todo o esforço para ver a seleção ganhar. Fazemos tudo pela seleção'', disse Pedro Sinhori, 16 anos.
Além da torcida pelo Brasil, uma torcida pela paz. A faixa trazida por eles dizia ``Fanatismo só pela bola. O mundo quer paz e gols''.
Nem o frio -- faz 15 graus Celsius em Curitiba -- e a chuva desanimou o torcedor. Com um surdo e um tamborim, Zebra comandava um grupo de 30 pessoas que cantavam ``Pode chover, pode molhar que é no molhado que o Brasil vai golear''.
E nesse dia de frio na capital paranaense, alguns torcedores prometem muito calor para os jogadores.
``Viemos para ver se com o calor humano eles melhoram o desempenho dentro de campo'', disse Marcio Jacomini, 34 anos, que viajou 450 quilômetros para ver o jogo -- ele mora em Saudade do Iguaçu.
Dentro do Couto Pereira, uma fanfarra formada por 52 músicos e 22 bailarinas animava os torcedores, sob o comando do locutor do estádio. Com a frase ``Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor'', ele tentava levantar todos os torcedores.
Foram distribuídas na entrada, além de camisetas amarelas, folhetos com o hino nacional.