Curitiba - A seleção brasileira fez os gols que a torcida paranaense queria e deixou Curitiba sob aplausos e muito barulho dos fogos de artifício que animaram o estádio Couto Pereira.
Uma hora antes do jogo, mesmo com a chuva que caía em Curitiba, os torcedores já lotavam o estádio e os únicos lugares vazios eram algumas cadeiras que ficaram expostas à chuva.
Quando a seleção entrou em campo, o estádio veio abaixo e os aplausos e fogos duraram cerca de cinco minutos. As vaias ficaram reservadas para os chilenos.
O Brasil dominou o jogo no início, e a cada aproximação do gol chileno a torcida se empolgava. Entretanto, conforme o tempo passava e o gol não surgia, a torcida foi se calando e a seleção deixou o campo no primeiro tempo vaiada e sob pedidos de Denílson.
No intervalo, os torcedores estavam irritados. "O primeiro tempo foi horrível. O Brasil não jogou nada e se vencer de meio a zero vai ser sorte", resumiu Marcos Aurélio Antoniaconi, 28 anos.
A cena, entretanto, mudou completamente no segundo tempo. A torcida deu mais uma chance à seleção e as vaias do final da primeira etapa transformaram-se em aplausos quando os jogadores voltaram ao campo do intervalo.
Scolari ouviu os pedidos das arquibancadas e trocou Marcelinho Paraíba por Denílson, e não demorou muito para que o estádio viesse abaixo com o gol de Edílson aos 7 minutos. Quando todos ensaiavam os pedidos de "mais um, mais um", Rivaldo respondeu marcando o segundo gol aos 18 minutos.
A partir daí foram só aplausos, que no final da partida se transformaram em gritos de olé. Faltou somente o gol de Denílson, que continuou ouvindo seu nome ser gritado pelos curitibanos.