São Paulo – Sem grana para sobreviver, a seleção masculina de Cuba, considerada uma das melhores do planeta, está fazendo seus jogadores virarem sacoleiros. A revelação foi feita nesta quinta-feira pelo líbero da Seleção Brasileira, Escadinha, que conviveu com os cubanos na disputa da Copa América, na Argentina.
Escadinha disse com exclusividade para o Esportes Show, a mesa-redonda da Internet brasileira, que seus colegas cubanos vendem todo tipo de muamba para ganhar a vida. “O governo não dá muito dinheiro. O pessoal que acompanha o vôlei fica vendendo camisa, agasalhos, charutos”, declarou. Segundo o brasileiro, da premiação dos torneios pouco vai parar no bolso dos jogadores. “Quase tudo vai para o governo. Eles ficam só com 10% ou 20% da premiação.”
Na quadra, Cuba chegou a bater o Brasil na fase de classificação. Na hora da decisão, no entanto, o time do técnico Bernardinho levou a melhor e levantou a taça. “A Copa América não foi fácil. Foi uma competição estudada. O Bernardinho é muito detalhista. Ele tentou corrigir nossos erros em um espaço curto. Isso foi importante para a vitória.”
Escadinha revelou que, apesar da dificuldade financeira, os cubanos continuam apresentando um time forte. “É sempre jogo duro. Há uma rivalidade muito grande, mas só dentro de quadra. Só houve quebra pau no feminino. A gente sabe que a equipe deles é uma das melhores do mundo.”