São Paulo - Quando 2001 começou, prometia ser o ano do volante Claudecir. Afinal, ele era uma das principais peças do São Caetano, que sonhava com o título da Copa João Havelange e estava contratado pelo Palmeiras. O caneco não veio (o Azulão foi derrotado pelo Vasco) e no Verdão ele não conseguiu se firmar
atrapalhado por contusões.
A última foi a mais penosa para o jogador. Em um treinamento, Claudecir fraturou a tíbia da perna direita sozinho. Foram três meses longe dos gramados se recuperando, em uma rotina pesada de fisioterapia. Na última semana, o volante voltou aos treinamentos com bola e planeja o seu retorno, com o mesmo otimismo que encara a temporada. “O passado não se esquece. Em termos de projeção, de realização, o ano foi muito bom para mim. Mas eu não consegui fazer tudo o que eu queria. Claro que eu quero jogar, mas já estou feliz por voltar”, diz.
O jogador encara a seqüência de problemas físicos que teve no ano como um reflexo do calendário do futebol brasileiro. Entre a última partida da final da Copa JH e sua apresentação ao Palmeiras, ele teve apenas cinco dias de férias. Depois, mais um mês entre a eliminação da Copa Libertadores e o retorno aos treinamentos para o segundo semestre.
Claudecir admite que sentiu o ritmo dos treinamentos no novo clube, mas preferiu o silêncio. Atitude que custou caro mais para frente. “Eu procuro me manifestar o mínimo possível. Eu estava saindo de um clube pequeno para um clube grande. Quero chegar e fazer mais que os outros”, conta.
O volante quer voltar ao time ainda este ano, mas planos mais ambiciosos ficam para 2002. “Sempre estou buscando algo mais. Quero ainda chegar à Seleção, ir jogar na Europa. Mas isso fica para o futuro. Para o ano que vem, quero voltar na pré-temporada, quando todo mundo vai estar no mesmo ritmo e lutar pelo meu espaço.