Rio - O ministro dos Esportes, Carlos Melles, admitiu pela primeira vez nesta terça-feira a renúncia do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Após participar da reunião de apresentação da vistoria realizada pelo COB em Atenas, Melles foi cercado por jornalistas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e acabou falando sobre o assunto, que não escondeu achar constrangedor.
“ Acho constrangedor admitir a renúncia do presidente da CBF, mas temos que pensar no melhor para o futebol brasileiro. Para se reestruturar a CBF é preciso liberdade. Acho que o Ricardo Teixeira seria muito importante para a CBF representando o Brasil junto à Fifa”, afirmou o ministro.
Melles confirmou que já existem negociações para viabilizar a renúncia de Ricardo Teixeira, mas evitou falar sobre as negociações. Porém, admitiu que até março de 2002 este processo de reestruturação da CBF tem que estar concluído. “ Minha idéia é criar uma comissão de notáveis para administrar a CBF. Nomes como Zico, Sócrates, Raí e Dunga deveriam integrar esta comissão. Mas gostaria de ver isso decidido até terça-feira”, - afirmou Melles.
Sobre a criação da Liga, Melles deixou bem claro que ela já é uma realidade e mostrou-se por dentro dos assuntos da CBF, tanto que explicou o motivo da entidade não ter se pronunciado ainda sobre a Liga. “A CBF ainda não se pronunciou sobre a Liga porque esta esperando uma situação mais concreta. Mas como noventa e nove por cento dos dirigentes, a CBF é favorável à criação da Liga”, afirmou Melles.