Rio - Alfredo Nunes, presidente interino da CBF, evitou polemizar as declarações do ministro de Esporte e Turismo, Carlos Melles, que disse ontem que Ricardo Teixeira deveria renunciar ao cargo. "Respeito o ministro Melles, principalmente porque ele é da área do esporte. Mas esse é o pensamento dele. Vivemos em um país democrático", amenizou, ressaltando que conversou pessoalmente com o ministro há cerca de 15 dias.
Nunes negou que haja uma carta de renúncia de Teixeira em poder do ministro, como o próprio chegou a comentar, ontem, em passagem pelo Rio de Janeiro. "Quando conversamos, Ricardo Teixeira disse que essa carta não existe e que não pensa renunciar".
A possibilidade de uma intervenção federal na entidade também foi descartada pelo novo presidente. Apesar das investigações da CPI no Senado e das declarações do ministro de Esportes, Alfredo Nunes não acredita que isso vá ocorrer. "O artigo 217 da Constituição Federal garante independência das entidades esportivas e nós não recebemos dinheiro público. Além disso, não houve ainda um ato concreto de intervenção, apesar de se falar muito sobre isso", explicou.