Rio - Apontado como um dos articuladores de uma possível greve no Vasco, o lateral-direito Jorginho teve a sua sentença na última quarta-feira. O jogador foi afastado do elenco por ordem do presidente do clube, Eurico Miranda, por tempo indeterminado. Mas o tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira não aceita a punição e deve se reunir nesta quinta-feira com o dirigente, que ficou de pensar no assunto.
O mal-estar entre Eurico e Jorginho começou na semana passada, quando os jogadores tiveram uma reunião secreta na qual houve a ameaça de paralisação. No entanto, o próprio Jorginho garantira que não fora ele o responsável pela idéia, após a acusação do dirigente. O episódio parecia ter sido superado, mas, com a difícil situação da equipe no Campeonato Brasileiro, Eurico achou melhor afastar o lateral, que ganhou a companhia do zagueiro Odvan, pelo mesmo motivo.
Vivendo um momento de incertezas, o Vasco está beirando ao caos. Os principais jogadores do elenco já esgotaram a paciência, o que torna a presença deles em São Januário quase impossível no ano que vem. Nomes como os de Juninho Paulista, Euller e Romário dificilmente permanecerão no clube por conta da grave crise financeira em que se encontra.
O problema já afetou os mais jovens, que também deverão seguir o exemplo das estrelas da companhia ao fim da temporada. Jogadores recém-promovidos aos profissionais podem estar com os seus dias contados no clube, mas por uma opção pessoal. Assim, a equipe corre o risco de perder precocemente bons valores como Ricardo Bóvio, Botti e Léo Lima, todos já bem adaptados à equipe principal vascaína.