Rio - Animado com a seqüência de resultados positivos, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, atual campeão mundial de salto, ainda tem esperanças de terminar a temporada 2001 em segundo lugar no ranking mundial da Federação Eqüestre Internacional (FEI).
Terceiro colocado na lista divulgada no início do mês, em Lausanne, na Suíça, o brasileiro disse nesta terça-feira, que está confiante para os últimos concursos do ano, principalmente aqueles que valem como seletiva para a Copa do Mundo da Alemanha. A competição está marcada para o início de maio, na cidade de Leipzig.
“Temos cinco torneios previstos e quero muito dar prosseguimento à boa campanha, que retomamos no início de setembro. Na próxima semana, vamos competir em Stuttgart, na Alemanha.
Atualmente, Rodrigo soma 2.477 pontos. O líder do ranking é o alemão Ludger Beerbaum, com 3.428 pontos, seguido do belga Ludo Philippaerts, com 2.635.
“Não posso ter a pretensão de alcançar já o Ludger. Ele abriu uma vantagem muito boa porque teve um ano incrível. Mas dá para disputar o segundo lugar com o Ludo”, disse.
O torneio mais importante deste fim de temporada está previsto para o dia 8 de dezembro, em Genebra, na Suíça. A competição, organizada pelo Clube dos Cavaleiros, reunirá os dez ginetes mais bem colocados no ranking da FEI. O concurso contará pontos para a final da Copa do Mundo. Se for bem, Rodrigo pode abrir mão de competir depois, em Londres, na Inglaterra.
“Já somei 26 pontos em duas seletivas e se for bem em Genebra, devo colocar os cavalos para descansar mais cedo. O ano que vem vai ser muito duro, com a disputa da Copa do Mundo, em maio, e depois com o Campeonato Mundial de Jerez de la Frontera, em setembro, na Espanha”, falou.
Por isso, ele acha difícil poder competir no Brasil em 2002.
“O circuito toma muito tempo e é difícil armar uma logística para trazer os cavalos da Europa. Mas eu gosto muito de competir em casa”, disse.
Embora os critérios de seleção da equipe para o Mundial da Espanha ainda não tenham sido definidos pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Rodrigo acredita que o país tem bons representantes, capazes de brigar por uma medalha. Entre os favoritos, ele inclui sua esposa, Keri Potter Pessoa, ao lado de Bernardo Alves, André Johannpeter e Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda.
“Dentro de pouco tempo o processo de naturalização estará concluído e ela terá condições legais de representar o Brasil”, comentou, referindo-se à Keri, que nasceu nos Estados Unidos. “Só vão faltar depois os resultados técnicos nas competições.”
A americana está se recuperando de um acidente sofrido em julho, e deve voltar a saltar na próxima semana. Rodrigo assiste nesta quinta-feira às provas de um torneio indoor na Sociedade Hípica Paulista e à noite viaja para a Europa, onde retomará os treinamentos com Baloubet Du Rouet, Lianos e Bianca D'Amaury, suas principais montarias.