Rio - Nem o fato de jogar com três zagueiros impediu que a Seleção Brasileira fosse derrotada pela Bolívia na quarta-feira passada, em La Paz, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002.
Nessa derrota a defesa do Brasil teve uma boa parcela de culpa, uma vez que Juan escorregou no primeiro gol, Marcos foi encoberto no segundo gol e Cafu fez um pênalti desnecessário no terceiro gol. Após tantas falhas a altitude foi considerada a grande vilã.
Segundo Lúcio os jogadores não estavam acostumados com a velocidade que a bola pega na altitude. “Nós erramos porque não estávamos acostumados com a velocidade que a bola toma na altitude. Perdemos o tempo de bola e isso acabou sendo fundamental para a derrota”, afirmou Lúcio.
Para Edmílson o fato do Brasil ter tomado o gol de empate no fim do primeiro tempo foi determinante para a derrota. “Sabíamos das dificuldades que encontraríamos por causa da altitude. Mas estávamos conseguindo segurar bem o ataque boliviano. Infelizmente a Bolívia empatou numa infelicidade do Juan. No segundo tempo a equipe entrou desligada e acabou levando dois gols”, afirmou Edmílson.
Não foi só a defesa que sofreu os efeitos da altitude. Os atacantes da Seleção Brasileira também reclamaram bastante. “Geralmente as bolas eram lançadas para mim, que além de correr para alcançar a jogada tinha que voltar depois para o meio de campo. Desta forma acabei sentindo um pouco os efeitos da altitude, apesar de não poder culpá-la pela derrota”, afirmou Edílson.
Se não sentiu os efeitos da altitude pelo fato de ter entrado no segundo tempo, Denílson viu o desconforto dos jogadores que iniciaram a partida. “Entrei no segundo tempo e procurei dar o melhor de mim. Mas todos os jogadores do Brasil fizeram isso. Dessa forma, os que entraram desde o começo acabaram sentindo um pouco no fim”, afirmou Denílson.