São Paulo - Nos dias de hoje, quando a Seleção Brasileira tem medo de perder para a Venezuela e ficar fora da Copa do Mundo, até o Corinthians vira zebra quando enfrenta o São Caetano, clube que despontou para a elite nacional há apenas um ano.
Neste domingo, às 16 horas, no estádio do Pacaembu, o vice-líder Azulão é franco favorito contra o Timão, que está 17 pontos atrás e tem remotas chances de classificação. Nenhuma, para o seu técnico Vanderlei Luxemburgo, que até já desistiu da competição. “Será um jogo difícil e vamos respeitar o São Caetano. Mas quem vai jogar é o Corinthians e não tememos ninguém” alerta Luxemburgo.
Do outro lado, o Azulão curte o bom momento e quer uma vitória hoje para consolidar a sua classificação para a segunda fase do Campeonato Brasileiro, com quatro rodadas de antecipação. “Estamos mesmo num momento melhor. Mas o Corinthians é um time grande, que vai jogar em casa “ analisa o atacante Magrão, artilheiro do São Caetano com nove gols.
Fundada em 1989, a Associação Desportiva São Caetano tem pouco tempo de existência, mas muita história para contar. Em 2000, como sensação da Copa João Havelange, ficou com o vice-campeonato, perdendo para o Vasco na final. Apesar dos poucos confrontos com os adversários paulistas (foram só dois contra o Corinthians), já tem gente que classifica jogo com o Azulão como clássico. São os tempos modernos...
” Pelo desempenho no ano passado, neste Brasileirão e pela participação na Libertadores, partida contra o São Caetano já é clássico sim” diz o zagueiro Scheidt, que quando morava na Escócia e jogava no Celtic, nem sabia que o time do ABC existia.
Para Scheidt, o segredo do sucesso do adversário é o conjunto.”Pegue o exemplo da dupla de zaga. O Daniel e o Dininho já jogam juntos há cinco anos. Além disso, o clube quase não troca peças e mantém o técnico há um bom tempo”.
Coisa rara no futebol e no Timão.