Rio - Uma viagem para esquecer os 20 meses de erros que fizeram a classificação brasileira à Copa de 2002 virar um pesadelo. Após a vitória sobre a Venezuela, jogadores e comissão técnica extravasaram a angústia no vôo de volta a São Paulo, na madrugada desta quinta.
Ainda em São Luís, na chegada ao avião, uma decoração especial, com fitas verde-amarelas em toda a aeronave. Depois, muita descontração. Denílson assumiu o microfone e não parou mais de brincar. Enquanto isso, o pagode rolava solto, com Marcelinho Paraíba e Edílson no cavaquinho e no pandeiro.
Para completar, três bolos. Um para o aniversário de Felipão (no último dia 9), outro para Luizão (26 anos completados na quarta) e o terceiro para celebrar a vaga na Copa. O clima de festa era geral. “Quem tem de falar sobre troca de técnico são vocês da imprensa e não eu”, afirmou Scolari.
Entre os jogadores, o discurso era de que o pior já havia passado. “Não ficou marca nenhuma nessa Seleção”, afirmou o zagueiro Roque Júnior ao ser questionado se esse time carregaria o fardo de quase ter deixado o Brasil fora da Copa. “As dificuldades encontradas foram importantes pois ajudaram a unir o grupo”, emendou. “Na Copa é bem diferente. Um mês para treinar é bem melhor que cinco dias. O mais difícil é classificar”, completou o goleiro Marcos.