São Paulo – A adrenalina da torcida atleticana está atingindo níveis altíssimos cada vez que uma bola é levantada para a área do time. Depois que a classificação foi garantida, o Rubro-Negro começou a tomar vários gols neste tipo de jogada.
Nas últimas três rodadas, foram duas derrotas fora de casa: 2 a 0 para o Juventude e 4 a 1 para o Gama. Os seis gols sofridos se originaram em bolas altas, seja em cabeçadas diretas para o gol ou após cortes errados da defesa. Apenas na vitória por 2 a 1 sobre o Sport, na Arena, o Atlético não tomou nenhum gol assim.
Os jogadores e o técnico Geninho demonstram certa preocupação com os números, mas não acreditam que seja um problema crônico. Para o zagueiro Rogério Corrêa, os lances aconteceram por causa de circunstâncias próprias dos jogos.
”Depende muito de como está a partida. Chuva, pressão do adversário, desatenção nossa, tudo pode influenciar” explica o zagueiro.
O técnico Geninho não coloca a culpa apenas na defesa. Ele diz que, na partida contra o Gama, toda a equipe jogou abaixo do esperado.
Alguns setores nossos não renderam tudo o que podem, por isso o adversário pressionou e conseguiu os gols – lembra Geninho.
O fato de a defesa não estar jogando completa há algum tempo também é apontado como um dos motivos para os gols tomados. Dos zagueiros titulares, apenas Rogério Corrêa esteve em campo no domingo, pois Gustavo e Nem estavam cumprindo suspensão.
”As mudanças sempre atrapalham um pouco, por causa do entrosamento, mas os jogadores que entram também têm boas condições” afirma o zagueiro Nem.
E os desfalques no setor podem continuar na partida contra o Guarani. Os três titulares passaram pelo departamento médico no início da semana, mas apenas Gustavo deve mesmo ficar fora, sendo substituído mais uma vez por Igor.
Apesar da situação um pouco desconfortável, a opinião unânime é de que as falhas agora não estão sendo decisivas, mas na fase final qualquer erro poderá ser fatal.
”Quando o jogo valer a classificação, estaremos proibidos de errar novamente” diz Rogério Corrêa.