Rio - Os fabricantes de cigarro estão com os dias contados nas corridas. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou nesta quarta-feira que a partir de 2007 nenhuma equipe de nenhuma categoria poderá estampar qualquer marca de cigarro em seus carros.
A decisão afetará em muito as equipes de F1, já que a maioria delas ainda depende do dinheiro do tabaco para sobreviver. Das equipes grandes, apenas a Williams não tem uma grande fábrica de cigarros por trás. Em 2001, McLaren (West), Ferrari (Marlboro), Jordan (Benson & Hedges), Benetton (Mild Seven) e BAR (Lucky Strike) foram as equipes patrocinadas pelo tabaco.
A pressão para abolir o patrocínio do tabaco veio da OMS (Organização Mundial de Saúde) e também da Comunidade Européia, que inclusive já restringia a exibição do nome dos patrocinadores nos carros da F-1 em diversos países europeus, como França e Alemanha.
Segundo a FIA, cerca de US$ 350 milhões por ano são investidos pelas fábricas de cigarros na F-1 e no mundial de Rali. A indústria do tabaco está na F-1 desde 1968, quando a então equipe de ponta Lotus acertou com a marca Gold Leaf.