São Paulo – O fisioterapeuta Luís Alberto Rosan fez um rápido pronunciamento nessa quarta-feira à tarde, no CT do Santos, tentando encerrar a polêmica criada por ele mesmo. O fisioterapeuta havia insinuado, um dia antes, que a contusão na coxa direita de Marcelinho Carioca não existia, abrindo a possibilidade do meia ter pipocado.
Pressionado e vigiado pelos olhos do gerente de futebol Ílton José da Costa e do procurador do jogador, James Arruda, Rosan voltou atrás. “Em virtude do noticiário dessa quarta, quero dizer que em nenhum momento quis denegrir a imagem do Marcelinho. Apenas fiquei surpreso com a recuperação apresentada. Peço desculpas se fui mal interpretado”, limitou-se a dizer o profissional, que também foi proibido de dar qualquer declaração sobre jogadores contundidos.
A função passa a ser do chefe do Departamento Médico do clube, Carlos Braga. Marcelinho não apareceu para dar entrevistas. “Mesmo o exame não apresentando qualquer lesão, o atleta está sentindo dor e isso é uma questão subjetiva. O atleta se auto-escalou na partida de domingo, diante da Ponte Preta. Não entendo o motivo de tanta celeuma”, explicou o médico, deixando a entender que a decisão foi à revelia dos especialistas da área.
Ao mesmo tempo, a diretoria do Peixe expediu um comunicado. Tão direto quanto o pronunciamento do fisioterapeuta, a nota apenas comunica que "o jogador apresentou uma contusão e prosseguirá com o tratamento médico". “O Rosan é descendente de italianos e acaba levando as coisas pela emoção”, brincou Carlos Braga.
Só não ficou explicado o motivo para tal 'emoção' de um visivelmente constrangido Rosan, que é amigo de Wanderley Luxemburgo – desafeto de Marcelinho – e fisioterapeuta da Seleção Brasileira. “Se o Santos tivesse vencido a Ponte, nós não estaríamos dando essa entrevista”, afirmou o médico.