Berlim - Um porta-voz do fundo das Nações Unidas para as crianças, Unicef, descreveu como ``imprecisas'' as notícias de que a empresa de Pelé, a Pelé Sports & Marketing, não teria devolvido os 700.000 dólares que recebeu para promover uma partida beneficente em Buenos Aires que acabou cancelada.
Em uma declaração na quinta-feira, Rudi Tarneden, porta-voz da Unicef na Alemanha, disse que a Unicef não pagou nada pela preparação para o jogo de 1995.
``A notícia distribuída por agências de notícias e publicada em jornais dizendo que a estrela do futebol, Pelé, teria enganado a Unicef em 750.000 dólares está imprecisa'', disse Tarneden, que leu a declaração em seu escritório em Colônia.
``A Unicef geralmente não faz isso'', disse ele, referindo-se às notícias de que teria dado um adiantamento em dinheiro para preparar a partida. ``A Unicef não teve lucro ou prejuízo'', afirmou ele.
Ele disse ainda que apesar de Pelé ter trabalhado junto com a Unicef por muitos anos ajudando as crianças da América Latina, ele não é um embaixador da Unicef.
Na terça-feira, Pelé disse que estava examinando a denúncia.
Seu comentário foi feito depois que uma reportagem da Folha de S. Paulo disse que a Pelé Sports & Marketing (PS&M) não teria devolvido o dinheiro. Segundo o jornal, a PS&M concordou, no início de 1995, em organizar uma partida beneficente e um show musical para a Unicef em Buenos Aires.
A Folha disse também que a PS&M assinou um contrato para receber 3 milhões de dólares da empresa norte-americana Sports Vision para organizar a festa e garantir a participação de Pelé e outras estrelas.