São Paulo - A divisão do elenco palmeirense foi fundamental para a queda de rendimento da equipe no Brasileirão. Porém, os problemas começaram muitos antes do início da competição. Um dos primeiros problemas foi antes da partida contra o Santos durante o Campeonato Paulista. O atacante Tuta pediu para não ficar no mesmo quarto de Fábio Jr. O último foi depois do jogo contra o Vasco, com a polêmica sobre o pedido de Daniel para não jogar improvisado na lateral esquerda. Novamente, houve um tiroteio verbal.
“Isso foi detectado agora, mas poderíamos ter mudado essa situação quando estávamos ganhando”, afirma o lateral-direito Arce.
Até o técnico Márcio Araújo reconheceu que o ambiente entre os jogadores é complicado. “Na minha visão de equipe, esse racha é inadmissível. Se tiver isso vai tudo para o enterro”, diz o treinador, que brinca com o fato de a torcida Mancha Alviverde promover um enterro simbólico do time no sábado.
Os jogadores evitam falar do racha abertamente, mas é claro para todo mundo que a divisão no elenco é grande. O goleiro Marcos é o único que não faz parte de uma dupla ou um grupo. O comportamento do jogador, que criticou o time algumas vezes, irritou os seus companheiros. “Tem muita coisa que acontece lá dentro que a gente não pode falar. São códigos do futebol”, diz Arce, que não tem problema declarado com outros jogadores.
Um dos prováveis motivos para o racha da equipe é a falta de um líder. Marcos, Alexandre, Fernando, Magrão e Galeano são os jogadores com mais ascendência sobre os companheiros, mas ninguém assume a responsabilidade de comandar o time. “Nós temos jogadores experientes, mas nenhum tem esse perfil de liderança”, disse Marcos, logo após o jogo contra o Vasco.