São Paulo - O primeiro encontro entre Vanderlei Luxemburgo e Marcelinho nos tribunais deve acontecer, enfim, na próxima segunda-feira. O técnico, que anunciou que não trabalharia mais com o jogador, foi convocado como testemunha de defesa do próprio Marcelinho. A primeira audiência, que havia sido marcada para 22 de outubro, não aconteceu.
Qualquer que seja a decisão do juiz Manoel Antônio Ariano, Corinthians e Marcelinho podem recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho.
O jornal Lance! teve acesso aos dois processos que correm na Justiça do Trabalho: uma cautelar pedida por Marcelinho acusando o clube de ter rescindido seu contrato – incluindo uma reconvenção do Corinthians contra o autor – e uma ação de indenização pedida pelo clube contra ele.
Por considerar que o Corinthians rescindiu o contrato, renovado em 2000 e que estaria em vigor até junho de 2004, Marcelinho cobra um total de R$ 4.867.478,90, referentes aos 34 meses restantes do vínculo.
Em resumo, são dois contratos distintos: um de trabalho, no qual Marcelinho recebia R$ 60 mil mensais, outro de cessão de direito e uso de imagem, que rendia R$ 113.116,14 a mais na conta. O Corinthians pagou ainda US$ 500 mil – divididos em quatro parcelas – ao jogador na renovação do contrato.
Na defesa, Marcelinho diz que foi proibido de trabalhar no Corinthians ao ser afastado do elenco. Também acusa o clube de ter "desrespeitado sua imagem de profissional".
Por outro lado, o clube cobra de Marcelinho R$ 8.820.000,00 – R$ 6 milhões se referem ao valor pago, em 98, à FPF, que o havia contratado do Valencia, da Espanha.
Consta nos autos do processo propostas do Fluminense e do Cruzeiro. Com isso, entre outros itens da defesa, o clube alega que não cerceou o direito ao trabalho do atleta.