Rio – Os jogadores do Flamengo estão indignados com o apedrejamento que foram vítimas no domingo à noite, em São Paulo, após a derrota para o São Caetano, dentro do ônibus do clube. Os atletas acusam a diretoria de fazer pouco caso do problema. Nas partidas fora do Rio, os seguranças só viajam quando requisitados pelo departamento de futebol.
O goleiro Júlio César fala até em deixar o Fla. “Foi um desespero e os jogadores estavam totalmente desprotegidos. Não tinha ninguém. Já avisamos à diretoria que, se ficar assim, não poderemos continuar. Desse jeito não pode e não vai ficar. Em Juiz de Fora, houve um problema e não se tomou providência. Agora, antes de viajar, vamos querer saber como será a nossa segurança”, afirmou.
O lateral-esquerdo Cássio foi atingido na cabeça, teve um corte profundo e levou cinco pontos. “Ficou todo mundo abaixado no ônibus e não tinha polícia, segurança, nada. A diretoria tem que se conscientizar de que estamos arriscando nossa vida”, disse o jogador, que foi liberado para jogar na quinta contra o Grêmio pela semifinal da Mercosul.
Vampeta também foi vítima da violência da torcida. O meia estava com seu carro no estádio Anacleto Campanella, já que após o jogo seguiria para São Paulo.Quando deixava o estádio, em companhia de Edílson e Rocha, foi hostilizado por torcedores, que mostravam notas de R$ 1. O carro de Vampeta foi chutado.