Barcelona - O Barcelona manifestou nesta quarta-feira sua insatisfação sobre a decisão da Comissão Disciplinar da Federação espanhola de futebol de julgar o brasileiro Rivaldo por causa de um soco desferido contra o jogador do Athletic Bilbao José Mari Lacruz na partida do último sábado.
O Barcelona considera que o Comitê de Competição não pode punir novamente o jogador brasileiro, que já recebeu um cartão amarelo durante a partida, e ameaça levar o caso à Justiça ordinária.
Rivaldo pode ser suspenso por até 12 partidas, caso a Comissão Disciplinar resolva puni-lo. Agora espera-se que o árbitro e o bandeirinha ratifiquem ou mudem sua decisão, embora o Barcelona já tenha anunciado que apresentará alegações antes da próxima sexta-feira.
Joan Gaspart, presidente do Barcelona, não gosta da idéia de sua equipe ser a "pioneira" nesse tipo de atuação. Lembra o caso de Kluivert. Em dezembro de 1999, o holandês foi suspenso por três jogos depois de agredir Diego Cota, do Rayo. O Comitê atuou com base no vídeo que mostrava a agressão, não percebida em campo pelo árbitro.
Mais incisivo é o presidente da comissão jurídica do Barcelona, Josep María Coronas: "Os jogos são arbitrados do minuto zero ao noventa e, se nesse período a decisão do juiz é benevolente, não se pode depois agravar a sanção", disse.
A imprensa esportiva local lembra outros acontecimentos parecidos nesta temporada no Campeonato espanhol e que não despertaram o interesse do Comitê de Competição.
Como exemplo, destacam uma "agressão" de Fernando Hierro (Real Madrid) em Rivaldo no jogo de 4 de novembro no estádio Santiago Bernabeu, de uma cotovelada de Fernando Niño (Mallorca) em Catanha (Celta) ou de ações similares de Zidane (Real Madrid) no malaguista Romero ou entre Pablo (Alavés) e Etxebarría (Athletic Bilbao).