Rio - Uma bomba caiu nesta quarta-feira no Paraná Clube. A notícia de que o presidente Ênio Ribeiro responde processo por gestão fraudulenta decorrente da época em que era diretor do Bamerindus na década de 90 veio a público e pode afetar a sucessão presidencial.
Ênio Ribeiro e mais três diretores do banco respondem processo aberto pelo Ministério Público após a intervenção do Banco Central no Bamerindus - incorporado pelo HSBC - no ano de 97. Segundo auditoria do Banco Central ficou constatado um rombo total de R$ 4,2 bilhões, e por ser diretor da carteira de crédito imobiliário, Ênio responde na justiça às irregularidades encontradas no banco.
Ainda se recuperando de uma inflamação nos olhos, Ênio Ribeiro não se manifestou sobre a denúncia e também não emitiu uma nota oficial por meio do clube. A intenção dos advogados do presidente do Paraná é aguardar os
acontecimentos e mostrar todos os documentos relativos ao caso.
Mesmo se tratando da vida particular de Ênio Ribeiro, o processo na justiça mexe diretamente com a sucessão presidencial do Paraná que acontece no dia 17 de janeiro. Nome de consenso da maioria dos 29 membros do conselho administrativo, Ênio agora pode ver sua imagem desgastada junto aos conselheiros, apesar da negativa de Aramis Tissot, presidente do
conselho normativo do Paraná. “Não acredito que essa notícia possa afetar a eleição. Hoje várias pessoas são denunciadas, o prefeito, o governador sem que sejam provadas. 90% dos conselheiros estão com o Ênio”, rebate Tissot.