Rio - A "Bancada da Bola", composta por senadores ligados a clubes e entidades, sofreu um duro golpe na sua luta para tentar impedir que o relatório da CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, não seja aprovado quando for colocado em votação na próxima semana. Numa reunião que aconteceu na manhã desta quinta-feira os líderes de diversos partidos manifestaram apoio ao relatório.
O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO), líder do seu partido, comunicou que lideranças da Casa se reuniram, decidindo dar todo o apoio à conclusão dos trabalhos da CPI. Também deram esta informação Ademir Andrade (PSB-PA) e Geraldo Melo (PSDB-RN), líderes dos seus respectivos partidos, e Moreira Mendes (PFL-RO), que estava representando José Agripino (PFL-RN), líder do PFL.
“Esse amplo apoio das lideranças garantirá resultado que atenda às aspirações da sociedade brasileira”, afirmou Moreira.
Por sua vez, Ademir Andrade garantiu que o apoio foi dado pois as lideranças estão preocupadas com a repercussão que poderia ter a não aprovação deste relatório.
“Estamos preocupados com a conclusão do processo e vamos fazer todos os esforços para que o relatório seja aprovado”, afirmou Ademir.
Em seu discurso na manhã desta quinta-feira o senador Álvaro Dias (PDT-PR), presidente da Comissão, comemorou o apoio dos líderes e disse que ele reflete a preocupação que o Senado tem com a sua imagem.
“Seria prejudicial ao Senado ver um relatório competente ser bombardeado pela cartolagem nacional”, afirmou Álvaro, que antes de terminar o discurso recebeu o apoio público do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).