Sevilla - O brasileiro Denílson completou neste domingo, contra o Tenerife sua partida de número 100 na Espanha com o Real Betis, e recebeu como presente a liderança do campeonato, ainda que partilhada com o Deportivo Alavés.
O brasileiro estreou no Real Betis em 29 de agosto de 1998, em partida disputada contra o Alavés, no estádio de Mendizorroza, que acabou com um empate sem gols e contra o Tenerife teve o que talvez seja a sua melhor atuação desde que vestiu a camisa verde e branca.
Um de seus lançamentos foi aproveitado pelo companheiro e internacional sub-21 Joaquín Sánchez, que garantiu o gol da vitória do Betis e da liderança.
Denílson, que em sua época foi a contratação mais cara da história do futebol, desde que vestiu a camisa do Real Betis, reuniu atuações mornas e uma ou outra mais destacada, embora até agora não tenha correspondido às expectativas dos torcedores europeus.
Em pouco mais de três anos, conheceu a decepção do rebaixamento para a segunda divisão. Nessa temporada jogou 32 partidas e marcou três gols, recebeu dez advertências e um cartão vermelho.
Com o Betis na segunda divisão, na campanha 2000-2001, o jogador brasileiro foi cedido ao Flamengo, do Rio de Janeiro, clube no qual não brilhou. No final de dezembro, Manuel Ruiz de Lopera, presidente do Betis, o anunciou como contratação "bomba" e o jogador voltou ao clube espanhol em janeiro.
Denílson, nesta temporada, na qual jogou 21 partidas, contribuiu para a ascensão da equipe para a primeira divisão. Marcou apenas um gol, e recebeu cinco cartões.
Depois de sua passagem pela segunda divisão, Denílson pareceu ter entrado mais na dinâmica do futebol europeu e, concretamente, do espanhol, já que se mostrou mais disciplinado e trabalhador, melhorando seu rendimento para o bem comum.
Até agora sua contribuição ao Betis foi de sete gols e diversos passes para gol, além de ter recebido 21 cartões. É um dos jogadores que recebe mais faltas, contabilizando 60 no campeonato.
Quanto aos treinadores que teve no Betis, figuram Luis Aragonés, o "sábio de Hortaleza", que preferiu que o paulista ficasse uns meses em seu país - desde que anunciou sua contratação em dezembro de 1997 - até sua apresentação no verão de 98; Javier Clemente, ex-técnico da seleção espanhola, com quem teve algumas desavenças; e o argentino Carlos Timoteo Griguol.
No entanto, o galego Fernando Vázquez - que foi quem talvez tenha lhe compreendido melhor -, Luis del Sol e, finalmente, Juande Ramos, foram os técnicos que melhor estruturaram a equipe.
Isso tudo fez com que Denílson tenha sido novamente convocado para fazer parte da seleção brasileira, agora dirigida por Scolari, que terá o Mundial da Coréia e o Japão do próximo ano como "vitrine".