Rio -
O Flamengo está livre do rebaixamento e muito próximo de mais um título no ano, a Copa Mercosul, que vai decidir contra o San Lorenzo no dias 12 (no Maracanã) e 19 (em Buenos Aires). Mas os aliviados torcedores rubro-negros não têm muito o que esperar em 2002, o ano em que o time volta a participar da Libertadores.
Uma reunião da diretoria nos próximos dias vai decidir o futuro do futebol no ano que vem e um ponto já está decidido: o maior salário da equipe não ultrapassará o teto de R$ 100 mil. Uma medida que, de imediato, deixaria a equipe sem Petkovic, Edílson e Vampeta para a disputa da Libertadores. No comando, o técnico Carlos Alberto Torres segue no cargo.
''Só vai poder ganhar mais do que R$ 100 mil aquele jogador que o clube conseguir patrocínio para complementar os salários'', disse o vice-presidente de Futebol Walter Oaquim, ele mesmo prestes a deixar o clube - o presidente Edmundo Santos Silva constituiu uma comissão para cuidar do departamento profissisonal.
O zagueiro Juan é outro, a exemplo de Petkovic e Edílson, que deixaria a Gávea em 2002. ''No Brasil, o Flamengo é o topo. Sair do Flamengo é descer um degrau. Isso só acontecerá se for para um clube europeu. Mas, no momento, prefiro comemorar essa vitória'', disse.
Juan foi um dos jogadores rubro-negros que mas temeu o rebaixamento. Por isso, nos minutos finais do jogo, mesmo com a vitória praticamente garantida, não parou de gritar com os companheiros - chegou a discutir asperamente com Jorginho e Rocha. ''A gente não podia vacilar. Já cansei de perder jogo no final. E este jogo valia mais do que decisão de campeonato'', completou.