Rio - A nova legislação para o esporte brasileiro, que integrará o relatório final da CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, tem tudo para dificultar muito a vida da CBF caso seja aprovada. Essa nova legislação vai diminuir o poder das entidades.
“Sem dúvida o poder da CBF diminuiria, pois ela cuidaria apenas da Seleção Brasileira. Os campeonatos ficariam a cargo da Liga, o que também diminuiria o poder das federações”, afirmou o senador Álvaro Dias (PDT-PR), presidente da CPI.
Além disso, Álvaro Dias lembrou que a CBF, apesar de ser uma entidade privada, administra, por outorga, a Seleção Brasileira, que é um patrimônio cultural do país. Portanto ele acredita que a CBF terá que prestar contas à sociedade.
“Acredito que a CBF terá que prestar contas ao poder público, pois mesmo sendo uma entidade privada, de certa forma funciona como um estatal. São os casos do Sesi e do Senai. Além do mais, esse conceito de que a CBF não pode ser investigada por ser privada caiu com as decisões do Supremo Tribunal Federal, que sempre favoreceram à CPI”, afirmou Álvaro.
Outra novidade na legislação será a proibição de mais de uma reeleição em entidades esportivas. “É necessária uma rotatividade para que essas entidades sejam administradas de forma mais transparente. Hoje está uma desorganização só. Mas quem se beneficia com essa anarquia não quer ver modificações”, afirmou Álvaro, em entrevista à Rádio CBN.