Rio - A aprovação do relatório da CPI do Futebol, pedindo o indiciamento do presidente do Vasco, Eurico Miranda, foi o pontapé inicial que o “Movimento Único Vascaíno” precisava para tentar afastá-lo do poder do clube.
“Já temos uma ação na 39 Vara Cível, pedindo a disponibilidade dos bens de Eurico e Calçada. Agora, vamos entrar com outra solicitando a cassação do seu mandato de presidente”, disse Fernando Ávila, o Fernandão, um dos líderes do MUV.
Até a estratégia já está armada. “Para tanto, vamos colocar junto à ação o capítulo do relatório da CPI, no qual fala exclusivamente de Eurico”, acrescentou Fernandão.
Um apoio de extrema importância para derrubar Eurico Miranda do poder, já foi declarado. Trata-se de Agathirno da Silva Gomes, presidente de 1969 a 79. “Tenho 62 anos de Vasco e nunca vi o clube numa situação caótica desta forma, no aspecto moral e financeiro”, desabafou Agathirno.
Para ele, Eurico não serve para o Vasco. E explica a sua opinião. “Eurico é agressivo e incompetente. Na época em que fui presidente, o tirei da vice-presidência de patrimônio, porque encontrei São Januário marginalizado, com funcionários jogados. E agora não é diferente. Como vai ser o Natal dos atuais funcionários, que estão com salários atrasados?”, indagou o ex-presidente.