Belo Horizonte - Caso o Atlético-MG seja o campeão do Brasileirão 2001, a justiça não será feita. Pelo menos essa é a opinião do próprio técnico do Galo, Levir Culpi.
Para o treinador atleticano, os jogadores do São Caetano já deveriam estar com a faixa de campeão no peito. A explicação de Levir Culpi sobre a "injustiça" que ele mesmo pode decretar, já que o Azulão é o adversário do Atlético-MG neste domingo à tarde, está na superioridade de pontos da equipe de Jair Picerni na primeira fase: foram 18 vitórias, cinco empates e apenas quatro derrotas.
“Um time que termina a primeira fase com quase dez pontos (foram oito) à frente do segundo colocado já deveria ter os seus jogadores vestindo a faixa de campeão, mas o regulamento é a principal armadilha desse campeonato e agora estamos sendo beneficiados para correr atrás desse título”, disse Levir Culpi, que defende um torneio com pontos corridos, sem final, como o sistema mais correto para se organizar uma competição.
“No futebol europeu, a fórmula de disputa é por pontos corridos e os campeonatos são sempre um sucesso. A mentalidade do brasileiro é que está errada. Veja que aqui nada significa ser vice-campeão.”
O treinador preferiu deixar para o futuro dizer se o São Caetano continuará grande nos próximos anos ou se caminhará para o mesmo destino do Bragantino, que deixou a elite do futebol após explodir no início da década de 90. Para o jogo deste domingo, Levir Culpi não vê favoritos. “As vantagens de jogar em casa e poder empatar do São Caetano são boas, mas sabemos das nossas qualidades e podemos ganhar.”